quinta-feira, 23 de julho de 2015

River Plate x Tigres farão as finais da Libertadores/2015

Pela terceira vez desde a permissão para participar da Libertadores da América, um time mexicano atinge a final da competição, comprovando que esta salutar inclusão aumentou o nível de disputa do torneio sul-americano, pois é certo que os clubes mexicanos são mais fortes, por exemplo, do que as equipes bolivianas, venezuelanas e peruanas. 

Ao bater o Internacional por 3x1 em Monterrey, o Tigres tentará a glória não obtida por Cruz Azul e Chivas, derrotados em finais respectivamente por Boca e pelo próprio Inter gaúcho, sendo que na final de 2001, os Xeneizes, como de hábito, foram favorecidos pela arbitragem no último duelo realizado em La Bombonera. O medo de nova arbitragem caseira (leia-se favorável ao time argentino) é grande, pois, à Conmebol, de histórico nebuloso, certamente não interessa eventual conquista por clube convidado, situado fora da América do Sul. 

A festa realizada pela torcida mexicana no final da partida foi excepcional, com apresentação musical de Mariachis e discurso entusiasmado dos atletas, uníssonos em considerar a possível conquista como a mais importante do futebol mexicano. Concordo com essa opinião, lembrando também da heroica medalha de ouro obtida em 2012, na final contra o Brasil de Mano Menezes. 

O Tigres foi amplamente superior do que o rival brasileiro, sendo que o placar de 3x1 foi pouco, valendo valorizar a atuação do arqueiro colorado Alisson, que evitou goleada mais acachapante. Rafael Sobis, que participará pela terceira vez duma final de Libertadores, é o grande destaque do torneio até agora, porém, nestas duas partidas semifinais os melhores atletas do Tigres foram os recém-contratados Gignac e Aquino que aumentaram sensivelmente o poder de fogo da equipe. Estas contratações, aliás, evidenciam a importância que o Tigres dá a Libertadores, mesmo sofrendo os efeitos do injusto regulamento que, além de tirar a finalíssima do México (O Tigres fez melhor campanha que o River na competição), proíbe o time de, confirmado o título, disputar o Mundial de Clubes no final do ano. 

Do outro lado teremos o tradicional River Plate que, na contramão de seu arquirrival, consegue avançar rumo a conquistas sem a complacência da arbitragem. O River, desacreditado anos atrás, ressurge forte e vencedor, valorizando ídolos de outrora tais como Cavenaghi, Lucho Gonzales e Saviola, além do próprio treinador Galhardo. 

Tentará o River sua terceira Taça Libertadores, valendo lembrar que na última conquista em 1996, o clube reunia craques memoráveis como Francescoli, Crespo, Almeyda, Ortega, etc.... É sem dúvida o maior celeiro de revelações argentinas em toda história. 

Palpite pra final (percentual): River 55% x 45% Tigres (ligeiro favoritismo argentino não só pela camisa mais pesada, como também por decidir no Monumental de Nuñes). 

Abraço 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Trio de ferro avança e oferece opções a Dunga

Bom dia, ótimo final de semana para o trio de ferro paulistano que, com belas vitórias, avançam no bloco de cima da tabela do Brasileirão. Em tópicos, vamos aos pitacos:

i) Não assisti o jogo são paulino, apenas os melhores momentos, pelo que deduzi que o grande destaque foi Alexandre Pato, autor de dois tentos e assistência para o gol anotado pelo argentino Centurión que, creio, deverá ser melhor aproveitado, inclusive para compor a dupla ofensiva com Alexandre, ambos com mais potencial do que o atual Luis Fabiano. O destaque negativo mais uma vez foi PH Ganso, burocrático e sem inspiração, e que escancarou descontentamento ao ser substituído, como se estivesse produzindo alguma coisa.

ii) O Corinthians finalmente venceu jogando bem ao bater o Fla por 3x0 no Rio, malgrado a fragilidade do rival que, sem os reforços ofensivos advindos do rival, é um time nota 4,5. Cristóvão também é fraco como treinador, ainda mais tendo que comandar um grupo limitado. Renato Augusto e Jadson, com liberdade, deitaram e rolaram sobre o meio-campo carioca, assistidos por Elias que, ao que parece, voltou da seleção um pouco mais inspirado (apesar da participação medíocre na Copa América). O meio de campo do Corinthians ainda é o melhor do Brasil, tendo sido pontual a colocação de Bruno Henrique como primeiro volante, aumentando a qualidade na saída de jogo. Quem me surpreendeu positivamente foi Malcom e Uendel, esse último apresentando melhor futebol que seu antecessor Fábio Santos. O ponto negativo alvinegro é o displicente Vagner Love, que não é nem sombra do bom atacante de outrora.

iii) No final da tarde de ontem em Recife, Palmeiras e Sport protagonizaram um belo jogo que, pelo ótimo dia de Fenando Prass, terminou empatado em 2x2, destacando-se também o oportunismo de Leandro Pereira, atacante nota 5,0, mas com razoável presença de área. O Palmeiras, enfim, apresenta consistência técnica e tática, boas peças de reposição e equilíbrio emocional, pois não é fácil suportar a pressão do bom time do Leão em solo pernambucano. Não acho que o Sport brigará pelo título, e dificilmente obterá vaga na Libertadores, mesmo assim, é de se louvar a competitividade da equipe liderada pelo inspirado Diego Souza e bem treinada por Eduardo Baptista, filho do antigo treinador Nelsinho, campeão brasileiro pelo Timão em 1990. Já o Palmeiras demonstra a cada jogo que poderá ao menos lutar por vaga na competição continental.

iv) Na pífia campanha da seleção brasileira que disputou a Copa América, vimos a fragilidade técnica dos seguintes atletas advindos de times estrangeiros: Fred, Douglas Costa, Filipe Luis, Firmino, Thiago Silva, etc...Por que não recorrer a alguns atletas que jogam por aqui e, pois, com maior probabilidade de, no mínimo, apresentarem mais identificação com a torcida brasileira. Restringindo-se somente ao pujante trio-de-ferro, seguem algumas sugestões para serem testadas: Victor Ramos, Arouca, Egídio, Renato Augusto, Gil, Michel Bastos, Rodrigo Caio, dentre outros. Isso sem falar que Cássio e Prass são melhores que Jefferson. Uma pena a continuação da extensa má fase de PH Ganso que, se jogasse 40% do que dele se esperava, certamente assumiria a 10 do Brasil.

Abraços

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Quatro comentários sobre Copa América e Brasileirão

Tempo curto devido ao forte trampo, tema em epígrafe, seguem os pitacos:

i) Chile x Argentina, espero, farão o melhor jogo do semestre na América do Sul no próximo sábado, quando decidirão em Santiago a final da Copa América, o que pode representar título inédito para os chilenos ou a 15ª taça aos argentinos que, assim, se igualarão aos uruguaios; Não vou ficar em cima do muro e, pela melhor qualidade de seu time, aliado à forte pressão que acometerá o rival, meu palpite é que a Argentina será campeã novamente;

ii) Ontem vi pela primeira vez o meia Pastore atuar bem pela sua seleção, tendo sido ele o maior destaque na goleada sobre o Paraguai, que, vale lembrar, pela segunda vez consecutiva eliminou a seleção brasileira. Messi e Aguero também se destacaram. O Chile, que anteontem eliminou o Peru com dificuldade, apostará no forte quarteto Valdívia, Vargas, Alexis Sanchez e Vidal, com maior destaque para os dois primeiros, que inclusive já atuaram por clubes brasileiros (respectivamente por Palmeiras e Grêmio). Os dois últimos, mais badalados no mercado europeu, ainda podem render mais. Enfim, grande final de Copa América, envolvendo as duas melhores equipes da região atualmente;

iii) O Brasileirão segue sua toada de jogos nota 5,5, 6,0 no máximo, como por exemplo no último Choque-Rei vencido impiedosamente pelo Palmeiras por 4x0. É a segunda grande vitória palestrina contra o rival na renovada Arena alviverde. O São Paulo, que até iniciou bem o clássico, não suportou a melhor disposição palestrina, nitidamente com mais gana, o que é inexplicável, pois, convenhamos, atuar pelo São Paulo é um privilégio, com com momentâneos problemas financeiros. Dudu, por exemplo, ajudou muito mais na marcação do que os laterais tricolores que, preguiçosos, atacaram com displicência e defenderam com lentidão. Gostei do zagueiro Victor Ramos que, além de fazer razoavelmente seu papel defensivo (e principal), é muito perigoso nas jogadas aéreas ofensivas, mormente nas cobranças de escanteio.

iv) Não vou nem perguntar o que ocorre com o Pato, preguiçoso e descompromissado, e que malogrou nas chances que teve em dois dos maiores clubes da América do Sul (o Corinthians reza todos os dias para vendê-lo). Entretanto, torna-se inevitável indagar o que ocorre com Paulo Henrique Ganso? É inquestionável seu toque refinado na bola, sendo igualmente inquestionável sua longa inapetência boleira, pelo que chego ao ponto de pensar que seu auge, no primeiro semestre peixeiro de 2010, pode ter sido fruto da fragilidade dos rivais que enfrentou (o Santos foi campeão paulista e da Copa do Brasil respectivamente contra Vitória e Sto. André). Ganso é um arremedo do que prometeu ser, não cria jogada alguma, não arremata ao gol e pouco se movimenta. Não ajuda na marcação e não vibra. Em suma, um atleta que parecia render em média o equivalente a uma  nota 7,5, na verdade tem atuações que raramente ultrapassam uma medíocre nota 5,0. Ao que parece, nossas esperanças dum meio-campo verde-amarelo mais criativo ficará a cargo de Lucas-Lima e Valdívia colorado.

Abraços