quinta-feira, 6 de agosto de 2015

River Plate é tricampeão da América

Parabéns ao River Plate que, com justiça, levantou seu terceiro caneco continental, igualando-se a São Paulo, Santos, Olimpia e Nacional. É a 24ª taça argentina que, com a atual, abre sete de vantagem sobre o Brasil na competição (ao todo temos 17 canecos).

Com a derrota do Tigres, o México é vice-campeão do torneio pela terceira vez, sendo claro que as equipes do país ainda penam nas finais, principalmente pela falta de catimba e desfaçatez para bater no adversário veladamente, coisa que o argentino faz com perfeição (faz parte do jogo). O River, por exemplo, foi mais violento no primeiro tempo da partida, porém, tomou menos cartões, justamente por bater dissimuladamente, enquanto o rival escancarava a intenção faltosa.

O Tigres fez boa campanha na competição e apresentou quarteto ofensivo interessante, que se destacou principalmente contra o Inter na semifinal. Nas finais, contudo, Sobis (irritadiço), Gignac (desacostumado com o torneio), Aquino e Damm não atuaram bem, facilitando o êxito do rival. Os mexicanos precisam de mais gana numa próxima oportunidade, para, enfim, levantar a primeira Libertadores.

O River Plate teve como principais destaques Funes Mori, Vangioni, Ponzio e Sanchez. Ao contrário do esquadrão que levantou o bicampeonato em 1996, o time atual é meramente nota 6,0, e certamente será quase impossível que vença o Barcelona numa possível final do Mundial Interclubes no final do ano. Aliás, desde 2005 quando o formato atual de mundial foi implantado, apenas São Paulo, Inter e Corinthians venceram os europeus, feito inédito para os argentinos, portanto.

De se louvar o trabalho do treinador-ídolo Marcelo Gallardo, campeão nacional e duas vezes campeão sul-americano, tudo num curto período após o River cair de divisão e enfrentar uma das piores crises de sua história. Com a boa fama dos técnicos argentinos na Europa, Gallardo logo mais receberá algum convite.

Outro destaque antigo do River é a capacidade de contratar atletas promissores de países vizinhos, e que regularmente brilham pelos Millionários. Enzo Francescoli, Marcelo Salas e Falcão Garcia são alguns exemplos. Na conquista da Libertadores/2015, dois dos principais atletas foram o uruguaio Carlos Sanchez e o colombiano Teo Gutierrez (este não atual nas finais). O River tem bons olheiros e, ao contrário de alguns times brasileiros, pelo visto, não contrata estrangeiros por DVD.

Abraços    


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