segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Corinthians vence primeiro turno do Brasileirão

Bom dia, assunto epigrafado, vamos aos tópicos:

i) Após rodadas de liderança do Galo mineiro, o Corinthians terminou o primeiro turno do Brasileirão na dianteira com 40 pontos, quatro acima do supracitado rival que perdeu as duas últimas partidas disputadas, ao contrário do Timão. O título simbólico do primeiro turno não tem valia, mas geralmente coincide com o campeão geral, sendo que apenas em 3 oportunidades isto não ocorreu.

ii) Com um turno todo pela frente, a briga pela taça obviamente que está aberta, com Corinthians, Galo e Grêmio compondo um primeiro escalão de favoritos, e  Fluminense, São Paulo e Palmeiras formando um segundo escalão. Duvido que o título não fique entre estes seis clubes.

iii) O líder paulistano me surpreende, pois, após a vexatória eliminação na Libertadores pelo Guarani paraguaio, não esperava a reação corintiana para brigar na parte de cima da tabela, porém, o Corinthians se restruturou a ponto de apresentar espírito coletivo, competitividade e solidez defensiva. A fragilidade ofensiva ainda persiste, mesmo com a ascensão de Luciano, cuja disputa do Pan-americano evidenciou seu lado artilheiro. O ponto fraco do alvinegro é a bola alçada na área, tanto defensiva quanto ofensivamente, o que se denota pelo gol solitário de cabeça anotado por Felipe em toda a competição. O Corinthians, que apesar dos bons resultados foi dominado por Palmeiras, São Paulo, Galo e Atlético do Paraná (3 destes jogos em plena Arena Itaquera), poderá sofrer com convocações da CBF, seja para seleção titular, onde Elias habitualmente é chamado, seja pela seleção olímpica, que poderá lhe tirar principalmente Luciano.

iv) O Atlético/MG, derrotado nas últimas duas rodadas, ainda é o rival mais consistente do Corinthians, sendo o clube que por mais tempo liderou o primeiro turno, e com o melhor time titular do campeonato na minha opinião. Ao contrário do Corinthians, o Atlético joga ofensivamente, o que lhe rendeu melhor saldo de gols, entretanto, sua defesa fica invariavelmente exposta, ainda mais considerando que seus volantes possuem vocação ofensiva (Leandro Donizete, principalmente). Tenho gostado do Grêmio também que, desacreditado no início da competição, apresentou jovens promissores (Luan, Pedro Rocha, etc...), capitaneados pelo sóbrio treinador Roger, ex-lateral esquerdo campeão da América em 1995.

v) Acerca dos instáveis São Paulo e Palmeiras, creio que o mais provável será a briga pela vaga na Libertadores, haja vista que seus competentes treinadores ainda iniciam os trabalhos, sem tempo suficiente para obter uma constância capaz de fazer com que seus clubes engatem sequencias de vitórias. Osório, técnico colombiano cheio de novidades europeias, não poderá apostar em muitos rodízios a cada jogo, pois esta não é a cultura do futebol brasileiro (sequer do futebol sul-americano), gerando confusão e desconfiança nos atletas, além de o elenco não comportar reposições a altura dos principais jogadores. A vexatória derrota para o fraco Goiás (cujo meia é o fraquíssimo ex-Palmeiras Felipe Menezes) evidencia isso.

vi) Por fim, na zona da degola, por incrível que pareça o único que parece já rebaixado é o grande Vasco da Gama, com míseros 13 pontos, sete atrás do Avaí que é o primeiro fora do Z4. O Cruz-Maltino terá de fazer campanha de time de G4, caso queira evitar mais um rebaixamento. Eu não acredito que conseguirá.

Abraços
  

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

River Plate é tricampeão da América

Parabéns ao River Plate que, com justiça, levantou seu terceiro caneco continental, igualando-se a São Paulo, Santos, Olimpia e Nacional. É a 24ª taça argentina que, com a atual, abre sete de vantagem sobre o Brasil na competição (ao todo temos 17 canecos).

Com a derrota do Tigres, o México é vice-campeão do torneio pela terceira vez, sendo claro que as equipes do país ainda penam nas finais, principalmente pela falta de catimba e desfaçatez para bater no adversário veladamente, coisa que o argentino faz com perfeição (faz parte do jogo). O River, por exemplo, foi mais violento no primeiro tempo da partida, porém, tomou menos cartões, justamente por bater dissimuladamente, enquanto o rival escancarava a intenção faltosa.

O Tigres fez boa campanha na competição e apresentou quarteto ofensivo interessante, que se destacou principalmente contra o Inter na semifinal. Nas finais, contudo, Sobis (irritadiço), Gignac (desacostumado com o torneio), Aquino e Damm não atuaram bem, facilitando o êxito do rival. Os mexicanos precisam de mais gana numa próxima oportunidade, para, enfim, levantar a primeira Libertadores.

O River Plate teve como principais destaques Funes Mori, Vangioni, Ponzio e Sanchez. Ao contrário do esquadrão que levantou o bicampeonato em 1996, o time atual é meramente nota 6,0, e certamente será quase impossível que vença o Barcelona numa possível final do Mundial Interclubes no final do ano. Aliás, desde 2005 quando o formato atual de mundial foi implantado, apenas São Paulo, Inter e Corinthians venceram os europeus, feito inédito para os argentinos, portanto.

De se louvar o trabalho do treinador-ídolo Marcelo Gallardo, campeão nacional e duas vezes campeão sul-americano, tudo num curto período após o River cair de divisão e enfrentar uma das piores crises de sua história. Com a boa fama dos técnicos argentinos na Europa, Gallardo logo mais receberá algum convite.

Outro destaque antigo do River é a capacidade de contratar atletas promissores de países vizinhos, e que regularmente brilham pelos Millionários. Enzo Francescoli, Marcelo Salas e Falcão Garcia são alguns exemplos. Na conquista da Libertadores/2015, dois dos principais atletas foram o uruguaio Carlos Sanchez e o colombiano Teo Gutierrez (este não atual nas finais). O River tem bons olheiros e, ao contrário de alguns times brasileiros, pelo visto, não contrata estrangeiros por DVD.

Abraços