segunda-feira, 27 de abril de 2015

Palmeiras deixa de obter vantagem maior em casa

Assunto em epígrafe, vamos aos tópicos (hoje serei breve):

i) Palmeiras foi melhor no geral, porém, perdeu grande chance de obter boa vantagem para o segundo jogo, seja quando perdeu a penalidade mal cobrada por Dudu, seja quando deixou de atacar mais o rival após a expulsão do zagueiro Paulo Ricardo. Me pareceu que o Palestra, com medo de tomar o empate no contra-ataque, privilegiou a vantagem mínima de 1x0, plenamente reversível no duelo em Santos, onde provavelmente Robinho atuará pelo alvinegro peixeiro;

ii) A arbitragem foi terrível (pra variar), errando em três lances capitais na minha opinião: no gol do Palmeiras anotado por Leandro, o meia Robinho, em flagrante impedimento, participa da jogada ao ir em direção a bola e fazer o corta luz, induzindo o zagueiro santista a marcá-lo, deixando livre o lateral Lucas que realizou bom cruzamento (aliás, jogou muito o ala palestrino); o juiz errou também nos lances de penalidade, seja ao não marcar falta clara de Geovânio em cima de Rafael Marques, seja ao anotar penalidade inexistente no lance que culminou com a expulsão do zagueiro santista. Com efeito, a falta foi fora da área, no início da jogada, pois dentro da área, o que ocorreu foi uma baita simulação do avante alviverde, que nitidamente se atira ao chão;

iii) O Santos sentiu demais a ausência de Robinho que, além de limitar a movimentação ofensiva, prejudicou a possibilidade de criação pelo meia Lucas Lima, excelente jogador por sinal. Ricardo Oliveira até que foi perigoso, mas como não possui o arranque de outrora, ao jogar praticamente sozinho no ataque, foi presa fácil para os zagueiros alviverdes;

iv) De se lamentar a postura dos dois técnicos que, expulsos, continuaram transmitindo informações aos seus atletas; o árbitro, ao não enxergar a artimanha, errou novamente.

v) A vantagem palestrina é boa, porém, poderia ter sido muito melhor. Na Vila o favoritismo é peixeiro, principalmente para uma vitória simples, o que levará a decisão para as penalidades, circunstância que, na minha opinião, ocorrerá.

Abraços  

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Majestoso e meus palpites para as oitavas da Liberta

Duvido que o São Paulo atue hoje como vem atuando ultimamente, modorrento, principalmente como demonstrou contra o Santos pela semifinais do Paulistão, quando, por exemplo, deixou o meia santista partir do campo defensivo até o ataque praticamente sem marcação, culminando no primeiro gol santista na Vila Belmiro. Hoje, creio, o Tricolor terá mais coração e disposição, e dificultará o Majestoso para o rival que, desgastado, apresenta queda de rendimento compreensível, ainda mais quando desfalcado de seu principal atleta, Paolo Guerrero. 

Meu palpite é o empate com gols, mais precisamente o 1x1. A disposição que acredito que o São Paulo demonstrará hoje não servirá para solucionar todos os problemas da equipe, mormente a ausência de objetividade ofensiva, fragilidade no apoio pelas laterais, e marcação capenga dos volantes, sobrecarregando os zagueiros que nem de longe lembram Dario Pereyra e Oscar. Pato fará falta, e o inconstante Luis Fabiano será o responsável pelo comando de ataque, o que não alimenta esperança de muitos gols ultimamente. Sem o arranque de outrora, e sem a concentração necessária para evitar lances de impedimento, o Fabuloso tem sido presa fácil para as defesas adversárias.

O Corinthians, já classificado, terá Emerson Sheik ao lado de Vagner Love, que jogou bem contra times pequenos no Estadual, deixando a desejar nos jogos mais difíceis, como constatou-se contra Ponte e Palmeiras. Hoje é um bom dia para Love desencantar, entretanto, particularmente acredito mais num gol de Danilo, Jadson ou do próprio Sheik. 

No outro duelo do grupo 2, creio que o San Lorenzo vencerá por 2x1, tendo 2 motivos para esse palpite: aproveitamento meramente razoável do ataque argentino (que é um time encardido, porém, sem grande poderio ofensivo); dificuldade que será imposta pelo Danubio, seja pela rivalidade com os vizinhos portenhos, seja pela necessidade de encerrar a Libertadores de forma minimamente honrosa; 

No mais, acredito em classificação com vitórias de Inter e Galo, pelo que, de acordo com meus palpites, as oitavas de final terão os seguintes confrontos: 

i) Boca x River
ii) Sta. Fé x Estudiantes
iii) Inter x Guarani
iv) Racing x Montevideo
v) Tigres x Sucre
vi) Cruzeiro x Emelec
vii) Corinthians x Atlético/MG
viii) Atlético Nacional x São Paulo 

Abraços    


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Grandes são semifinalistas no Paulistão/2015

Após 3 anos, os quatro grandes do Estado de São Paulo farão as semifinais do Paulistão, o que, frise-se, é muito bom, pois a primeira fase do certame foi fraca e desinteressante, com jogos modorrentos em campos varzeanos, com exceção justamente dos clássicos.

Agora, Corinthians x Palmeiras e Santos x São Paulo decidirão quem serão os finalistas, com muito equilíbrio na minha opinião, pelo que aponto parco favoritismo dos mandantes (55% x 45%), quase que exclusivamente pelo fato de atuarem em seus domínios.

Não se nega que o Corinthians é o melhor dos grandes atualmente, porém, não contará com sua dupla de ataque titular, Guerrero e Sheik, respectivamente por doença e suspensão. O jeito será confiar em Vagner Love, bom jogador (e reforço que se mostra imprescindível, como vemos agora), porém sem a mesma representatividade de Paolo, ídolo da torcida e melhor atacante em atividade no Brasil. Danilo é outro que pode entrar e, como de hábito, ser decisivo num clássico. Portanto, se eu fosse Tite, escalaria Danilo e Love no posto dos ausentes.

Apesar de se o melhor time do campeonato (e do Brasil, atualmente), o Corinthians foi beneficiado contra a Ponte Preta, pois os campineiros tiveram gol legítimo mal anulado pelo árbitro, quando a disputa ainda marcava 0x0. A Macaca sem dúvida foi o rival mais duro dos semifinalistas e, como bem disse Renato Cajá no final do jogo (aliás, bom jogador o Cajá), tem tudo para fazer um bom Brasileirão, caso mantenha a mesma equipe (e traga também uns 2 ou 3 reforços).

O Palmeiras, rival do Corinthians no próximo domingo, terá na minha opinião três fatores que poderão lhe beneficiar: i) menor pressão que o rival, pois atuará fora de casa; ii) forças voltadas única e exclusivamente para o Paulistão, haja vista não atuar na Libertadores; iii) maior integração de Valdivia e Cleiton Xavier ao elenco, atletas acima da média e com poder de decisão individual e coletivo. Quando o "Mago" entrou no segundo tempo ontem, foi nítida a melhora do Palmeiras, tendo o meia inclusive participado do lance do gol.

No outro clássico, o San-São, vejo o Peixe mais preparado taticamente, e muito equilíbrio técnico, principalmente na parte ofensiva de ambas as equipes. Dum lado teremos Ganso, Pato e Michel Bastos; do outro, Robinho, Ricardo Oliveira e Lucas Lima. A Vila representa forte trunfo da equipe litorânea, e o São Paulo, a exemplo do Corinthians, terá a Libertadores para se preocupar, ainda mais porque sua classificação neste torneio está ameaçada.

Abraços


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Corinthians dá aula de bola; Tricolor se complica.

Ouso dizer amigos: o Corinthians atual é mais insinuante do que o time vencedor de 2012, ao menos ofensivamente, onde a troca de passes curtos e precisos, por cima e por baixo, é capaz de demolir qualquer defesa, ao menos neste nosso continente, onde o futebol está mais precário do que na Europa. Prova disso é o próprio Danubio, um dos representantes do laureado futebol uruguaio, ao lado do inexpressivo Montevideo Wanderers, denotando que a terceira potência boleira da América do Sul está capengando e não é de hoje.

Tite encontrou ótimas opções ofensivas nesta sua volta ao Parque São Jorge, formando um quarteto ofensivo de alto quilate, com Jadson e Renato Augusto como armadores competentes e criativos, e Guerrero e Sheik representando alto poder de fogo, inclusive o carioca, que, atualmente, está mais letal que outrora. Mais atrás, Ralf dá proteção mais que suficiente pros armadores jogarem livremente em direção ao gol, e Elias, um craque na posição de volante, tanto auxilia seu parceiro na marcação, quanto aparece no ataque como elemento surpresa, como ocorreu, por exemplo, no passe ao segundo gol alvinegro marcado de cabeça por Guerrero.

Complementam o time a boa dupla de zaga Gil e Felipe, esse último, em evidente ascensão, e Cássio, goleiro que seguramente merece uma chance na seleção brasileira. Até os limitados laterais Fagner e Uendel (valendo o mesmo para o titular Fábio Santos) estão se destacando. O Corinthians, de 28 jogos invictos em sua casa (onde a simbiose com o estádio, turbinada pela proposital molhada no gramado minutos antes da partida, é impressionante), está com um pé e meio nas oitavas de final, não sofrendo as esperadas agruras do chamado "Grupo da Morte", sendo sem dúvida a melhor equipe da competição até agora, ao lado do argentino Boca Juniors.

No mesmo grupo 2, só que em situação mais complicada, encontra-se o Tricolor paulista que, atuando em Buenos Aires, perdeu por 1x0 para o San Lorenzo, em gol na segunda etapa que contou com mais uma falha bisonha de Rafael Toloi. Um zagueiro experiente como ele, jamais poderia ter tomado o chapéu que tomou do atacante Cauteruccio, autor do gol solitário do Ciclón. Resta ao São Paulo vencer o fraco Danubio no Uruguai, e torcer para o arquirrival vencer os argentinos em Itaquera na próxima rodada, o que, creio, deverá ocorrer. Na última rodada, um conveniente empate no Majestoso servirá para classificar os paulistanos.

Por fim, mais uma ofensa racista é notícia, ocorrida ontem contra o corintiano Elias, chamado de macaco pelo "atleta" uruguaio do Danubio. Lamentável a conduta do uruguaio, que não honra a simpatia de seu povo, porém, mais lamentável ainda é a posição da Conmebol, entidade desacreditada por quem é honesto, e que já se adiantou emitindo parecer de que o ato, apesar de indubitável, não representou ofensa racista. Aconselho o Timão, um dos grandes favoritos ao título, deixar esse assunto de lado, sob pena de ser prejudicado novamente pela arbitragem, a exemplo que ocorreu nas oitavas de final de 2013, no famigerado caso Amarilla.

Abraços;